Outros termos usados para o mesmo exame:
Uma área bastante recente de avaliação na NFC refere-se aos processos da dor.
Os estudos de PESS, que nos permitem avaliar as fibras nervosas periféricas avaliam as fibras de mais grosso calibre. Contudo, a transmissão neural da dor, se dá através de fibras neurais finas o que faz com que o PESS tenha utilidade restrita nesse processo.
Estudos recentes, que incorporam técnicas diferentes de estimulação da pele permitem que as fibras de menor calibre (denominadas fibras do tipo A-Delta e fibras do tipo C) possam ser avaliadas. Destacamos neste grupo, estudos por estimulação com LASER, que apesar de muito sensíveis, são extremamente complexos e dispendiosos, o que os torna impraticáveis em uso clinico de larga escala. Nesta linha de pesquisa, de avaliação das fibras finas, surge o PREP, sigla de origem na língua inglesa para Pain-Related Evoked Potential ou em português, Potencial Evocado Relativo à Dor, técnica que permite avaliar a condução e o processamento central das fibras que transmitem as informações álgicas.
Para este novo procedimento criou-se um sistema que estimula ao redor de 1cm2 de superfície da pele por meio de um eletrodo especialmente desenhado para esta finalidade. Através deste eletrodo são aplicados estímulos especialmente desenhados para provocar sensação dolorosa nesta pequena área de pele, sobre a qual o cliente sentirá um pequeno desconforto. Esta estimulação gera uma resposta bio-elétrica no cérebro que poderá ser captada sobre o couro cabeludo.
Este, em resumo, é o princípio fisiológico do PREP. Apesar de ser, do ponto de vista de montagem de eletrodos bastante simples, os protocolos do PREP exigem equipamentos capazes de criar estímulos com somatório crono-espacial de forma a gerar uma estimulação específica das fibras Delta da superfície pele, sem a estimulação concomitante de outros tipos de fibras nervosas.
O teste se realiza com a apresentação ao paciente do estimulo "doloroso" que é aplicado periodicamente a intervalos aleatórios de tempo entre 15 e 20 segundos de intervalo, sobre a superfície da pele em dedos e dorso da mão e dedos e dorso do pé, que são os sítios mais comuns de avaliação. A obtenção das respostas evocadas se faz no couro cabeludo.
A via completa desta informação dolorosa percorre um longo trajeto. Se iniciando nas fibras finas da pele, passando pelos nervos, plexos e raízes, entrando na medula espinhal e de lá até o tálamo e córtex cerebral. Por ser mediada por fibras de pequeno calibre, esta informação percorre a longa via em baixa velocidade, demandando um longo tempo para que a resposta ocorra. Assim, enquanto o potencial evocado por fibras grossas em MMII (PESS MMII) demora cerca de 40ms para ocorrer, o PREP dos MMII demora cerca de 180ms, tendo uma velocidade de condução da ordem de 12 a 15m/ms.
Os dados mais importantes para se analisar no PREP são as latências dos potenciais e suas amplitudes, que se correlacionam de forma muito estreita com a intensidade de dor relatada pelo cliente.
Estes estudos estão indicados nos inúmeros de distúrbios e condições dolorosas.
Alguns exemplos são: